The Commitment of the Apostles Confirms the Truth of the Resurrection
Muitos de nós, como cristãos comprometidos, preferimos morrer a rejeitar nosso Salvador. Em todo o mundo hoje, os cristãos são executados regularmente porque se recusam a negar sua lealdade a Jesus ou as reivindicações da verdade do cristianismo. Mas suas mortes, apesar de dolorosas e constrangedoras, não têm valor evidencial. Muitas pessoas estão dispostas a morrer pelo que elas não sabem ser mentira. O martírio não confirma a verdade, especialmente quando os mártires não têm acesso em primeira mão à reivindicação pela qual estão morrendo. Mas este não foi o caso dos discípulos de Jesus. Eles estavam em uma posição única: eles sabiam se as afirmações sobre Jesus eram verdadeiras. Eles estavam presentes para a vida, ministério, morte e alegada ressurreição de Jesus. Se as afirmações sobre Jesus fossem uma mentira, os discípulos saberiam (na verdade, eles teriam sido a fonte da mentira). É por isso que o compromisso deles com o testemunho deles foi (e é) tão convincente. Ao contrário do resto de nós, sua disposição de morrer por suas reivindicações tem um tremendo valor probatório. De fato, o compromisso dos apóstolos confirma a verdade da ressurreição. Se as afirmações sobre Jesus fossem uma mentira, os discípulos saberiam (na verdade, eles teriam sido a fonte da mentira). É por isso que o compromisso deles com o testemunho deles foi (e é) tão convincente. Share on X
As tradições relacionadas com a morte dos apóstolos são bem conhecidas. De acordo com as histórias locais e regionais, todos os discípulos morreram por suas reivindicações relacionadas à ressurreição:
André foi crucificado em Patras, na Grécia.
Bartolomeu (também conhecido como Natanael) foi chicoteado até a morte na Armênia.
Tiago, o Justo, foi jogado do templo e depois espancado até a morte em Jerusalém.
Tiago, o Maior, foi decapitado em Jerusalém.
João morreu no exílio na ilha de Patmos [1].
Lucas foi enforcado na Grécia.
Marcos foi arrastado a cavalo até morrer em Alexandria, no Egito.
Mateus foi morto por uma espada na Etiópia.
Matias foi apedrejado e depois decapitado em Jerusalém.
Pedro foi crucificado de cabeça para baixo em Roma.
Filipe foi crucificado na Frígia.
Tomé foi transpassado até a morte com uma lança na Índia.
Como detetive (e um muito cético nisso), eu não necessariamente aceito todas essas tradições com o mesmo nível de certeza. Alguns são melhor atestados que outros; eu tenho uma confiança muito maior na história relacionada à morte de Pedro, por exemplo, do que nas alegações relacionadas à morte de Matias. Mas ainda estou confiante de que esses homens morreram por suas reivindicações, mesmo que eu esteja incerto sobre como eles morreram. Eis o porquê: havia duas maneiras rápidas de acabar com a religião cristã emergente no primeiro século (e tanto a liderança judaica quanto a romana estavam ansiosas para realizar essa tarefa). Primeiro, os inimigos do cristianismo poderiam simplesmente arrastar o corpo de Jesus pela cidade para demonstrar que ele ainda estava morto. Segundo, eles poderiam ter forçado as supostas testemunhas oculares a se retratarem. Nenhuma dessas duas coisas ocorreu.
Você pode não estar ciente, mas nós temos relatos antigos de retratação por parte dos cristãos. Plínio, o Jovem, foi advogado e magistrado romano que viveu entre 61 e 11 d.C. Ele serviu como governador de Bitínia e Ponto (agora localizado na Turquia moderna) sob o imperador Trajano, e conduziu julgamentos contra aqueles que foram identificados como cristãos. Em uma carta que ele escreveu para Trajano em 111-113 d.C., ele disse o seguinte:
“Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram deferidos como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram cristãos; aos que respondiam afirmativamente, repeti uma segunda e uma terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os que persistiram mandei executá-los pois eu não duvidava que, seja qual for a culpa, a teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas… Os que negavam ser cristãos ou tê-lo sido, se invocassem os deuses segundo a fórmula que havia estabelecido, se fizessem sacrifícios com incenso e vinho para a tua imagem (que eu havia mandado trazer junto com as estátuas dos deuses) e, se além disso, amaldiçoavam a Cristo – coisas estas que são impossíveis de se obter dos verdadeiros cristãos – achei melhor libertá-los. Outros, cujos nomes haviam sido fornecidos por um denunciante, disseram ser cristãos e depois o negaram: haviam sido e depois deixaram de ser, alguns há três anos, outros há mais tempo, alguns até há vinte anos. Todos estes adoraram a tua imagem e as estátuas dos deuses e amaldiçoaram a Cristo”
Nem todo cristão primitivo estava disposto a morrer por suas crenças. Aqui temos excelentes evidências de que os cristãos da segunda geração retratam suas reivindicações para permanecerem vivos no Império Romano. Uma coisa é certa: as autoridades romanas reconheceram a importância de seus esforços para obter negações dos primeiros cristãos. O trabalho de Plínio a esse respeito (registrado muito cedo na história) é uma prova disso. Muitos cristãos de segunda geração (que não foram testemunhas oculares da ressurreição) retrataram sua participação na família cristã para permanecerem vivos. No entanto, não existe um único documento antigo, carta ou peça de evidência indicando que qualquer uma das testemunhas oculares cristãs (os discípulos apostólicos) alguma vez mudou sua história ou desistiu de suas reivindicações. Dada a expectativa razoável desse esforço romano e as evidências da história confirmando as provações dos cristãos, é notável que nenhuma das testemunhas tenha mudado suas afirmações. O compromisso dos discípulos com suas reivindicações é convincente. O compromisso dos apóstolos confirma a verdade da ressurreição. Share on X
Nossa disposição (como pessoas que não testemunharam os fatos e que nasceram bem depois da história) de morrer por aquilo que acreditamos não tem valor evidencial, mas a disposição dos primeiros discípulos de morrer pelo que viram com seus próprios olhos é uma peça crítica de evidência no caso do cristianismo. A tradição primitiva da Igreja relacionada a essas mortes é reforçada pela falta de qualquer registro antigo de negação apostólica, especialmente considerando que existem outros relatos antigos de perseguição pública e negações por parte dos primeiros cristãos. O compromisso dos discípulos com suas reivindicações é convincente. Ao contrário do resto de nós, sua disposição de morrer pelo que testemunharam tem um tremendo valor probatório. O compromisso dos apóstolos confirma a verdade da ressurreição.
Nota do Tradutor [1] É aceito que João foi solto da ilha de Patmos e morreu de velhice. O tradutor desconhece a versão em que João morre na própria ilha.
J. Warner Wallace é um detetive de casos de homicído arquivados, defensor do Cristianismo, pesquisador sênior do Colson Center for Christian Worldview, professor associado de apologética na Universidade de Biola e autor de Cristianismo Cold-Case , Cena do crime de Deus, e Fé Forense.
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J. Warner Wallace is a Dateline featured cold-case homicide detective, popular national speaker and best-selling author. He continues to consult on cold-case investigations while serving as a Senior Fellow at the Colson Center for Christian Worldview. He is also an Adj. Professor of Christian Apologetics at Talbot School of Theology, Biola University, and a faculty member at Summit Ministries. He holds a BA in Design (from CSULB), an MA in Architecture (from UCLA), and an MA in Theological Studies (from Gateway Seminary).
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