How the Ante-Nicene Church Fathers Preserved the Eyewitness Gospel Accounts
Os alunos dos apóstolos desempenharam um papel fundamental na preservação e promoção dos testemunhos oculares dos evangelhos. Embora muitos céticos afirmem que o cânon do Novo Testamento foi formado durante os Concílios da Igreja do Século IV (como o Concílio de Niceia ou Laodiceia), os primeiros crentes já haviam preservado os evangelhos e cartas canônicos séculos antes. De fato, os primeiros líderes da Igreja antes do primeiro concílio em Niceia (conhecidos como os Pais da Igreja Ante-Nicena) começaram a colecionar e afirmar o cânon das Escrituras em três áreas geográficas separadas. A primeira lista sobrevivente de textos canônicos data de aproximadamente 170 d.C., no que hoje é conhecido como o “Fragmento Muratoriano”, uma cópia parcial de um texto antigo descoberto na Biblioteca Ambrosiana de Milão, no século XVIII. Este documento afirmava e reconhecia Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, Judas, 1 João, 2 João e Apocalipse como confiável, Escritura apostólica. O autor do Fragmento Muratoriano também teve o cuidado de alertar seus leitores sobre as alegadas cartas de Paulo aos laodicenses e alexandrinos, e um documento conhecido como o “Apocalipse de Pedro” (identificando-as como falsificações). Mesmo no início da história, em regiões da Europa e do Mediterrâneo, os cristãos já possuíam e guardavam os textos do Novo Testamento: Os alunos dos apóstolos desempenharam um papel fundamental na preservação e promoção dos testemunhos oculares dos evangelhos. Share on X
NA FRANÇA: Irineu (185 d.C.) Afirmou até 24 Livros do Novo Testamento
Irineu cresceu em Esmirna, enquanto Policarpo (o discípulo do apóstolo João) era o bispo dali. Irineu acabou se tornando o bispo de Lugduno na Gália (agora chamado Lyon) e escreveu um volume expansivo chamado “Contra as Heresias” em 185 d.C. Ao longo dos muitos capítulos deste texto, ele citou o Novo Testamento (mais de mil vezes) para argumentar contra uma variedade de heresias que apareceram em cena. Ao citar os documentos do Novo Testamento, ele se referiu a pelo menos vinte e um dos livros que possuímos em nossa Bíblia (incluindo Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, 1 Pedro, 1 João, 2 João e Apocalipse). Mas, além disso, os estudiosos acreditam que Irineu aludiu a vários textos adicionais, incluindo Hebreus, Tiago e talvez até 2 Pedro. Irineu é silencioso em relação a Filemom, 3 João e Judas, embora isso não signifique necessariamente que ele não estivesse ciente dos livros ou os rejeitasse como inspirados. Irineu também se referiu ao Pastor de Hermas e ao Apocalipse de João, mas nenhum outro livro do segundo século relacionado a Jesus foi reconhecido como autêntico.
NA ITÁLIA: Hipólito (220 d.C.) Afirmava até 24 livros do Novo Testamento
Hipólito nasceu em Roma e tornou-se discípulo de Irineu. Ele foi um escritor prolífico, e uma de suas obras mais importantes foi um texto conhecido como “Refutação de Todas as Heresias”. Ao longo de seus muitos escritos, Hipólito reconheceu e afirmou a maioria dos documentos do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses. 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, 1 Pedro, 1 João, 2 João e Apocalipse). Parece também, no entanto, que ele estava ciente de 2 Pedro e Tiago, mas ele não os lista abertamente. Além disso, Hipólito cita Hebreus diretamente (e também o Pastor de Hermas), mas não como se fossem Escrituras.
NO EGITO: Orígenes (225 d.C.) Afirmou até 27 livros do Novo Testamento
Orígenes de Alexandria foi um brilhante líder da Igreja que viajou amplamente e estava plenamente ciente do catálogo de visões diferentes relacionadas a Jesus. Ele também estava plenamente ciente dos ensinamentos dentro da Igreja de região para região. Talvez por esse motivo, o uso e a afirmação de Orígenes dos livros e cartas das testemunhas oculares é significativo. Embora tardios textos emergentes fossem conhecidos por Orígenes, suas muitas cartas e escritos falham em afirmar obras não-canônicas heréticas. Em vez disso, Orígenes categorizou os textos existentes do mundo antigo em três classes: os escritos de testemunhas oculares universalmente aceitos dos apóstolos, aqueles livros cuja autoria apostólica foi posta em dúvida, e aqueles livros que claramente não são o produto das testemunhas oculares originais. Ele reconheceu Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, 1 Pedro, 1 João, e Apocalipse como Escritura. Ele também reconheceu que os crentes dentro da igreja tinham suas dúvidas sobre Hebreus, 2 Pedro, 2 João, 3 João, Tiago, Judas, Barnabé, o Pastor de Hermas, o Didaquê e o Evangelho dos Hebreus (uma versão do Evangelho de Mateus). Embora Orígenes acreditasse que os livros nesse segundo grupo também eram Escrituras confiáveis, ele reconheceu e tolerou outras visões.
NA PALESTINA: Eusébio (324 d.C.) Afirmou 26 Livros do Novo Testamento
Eusébio era o bispo de Cesareia. Como Orígenes, Eusébio reconheceu uma lista de escritos apostólicos confiáveis, e ele também dividiu sua lista em três categorias. O primeiro grupo de Eusébio incluiu os relatos de testemunhas oculares universalmente aceitos e as cartas dos apóstolos (Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, 1Coríntios, 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses, 1Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, 1 Pedro, 1 João e Apocalipse). Seu segundo grupo incluiu livros contestados. Ele dividiu os textos contestados em um grupo superior e inferior. O grupo superior incluía Tiago, Judas, 2 Pedro, 2 e 3 João. Eusébio sustentou que esses livros deveriam ser considerados Escrituras, mas ele admitiu que nem todos concordavam com essa questão. Seu segundo grupo de livros contestados incluiu a Epístola de Barnabé, o Didaquê, o Evangelho dos Hebreus, os Atos de Paulo, o Pastor de Hermas e o Apocalipse de Pedro. Todos os outros textos antigos relacionados a Jesus foram colocados na terceira categoria que Eusébio considerou fraudulenta.
Muitos pais da igreja primitiva escreveram prolificamente em seu próprio esforço para nutrir e encorajar as igrejas locais, e muitos de seus escritos ainda existem hoje. Imagine se todo texto canônico do Novo Testamento tivesse sido destruído, deixando apenas os escritos desses Pais da Igreja Ante-Nicena da Igreja. Estes documentos de segunda e terceira geração nos forneceriam a mesma imagem de Jesus oferecida no Novo Testamento. Jesus ainda teria nascido de uma virgem e ainda teria reivindicado ser Deus. Ainda teríamos um registro de Seu ensinamento divino e atividade milagrosa. Mais importante ainda, nós ainda possuiríamos as descrições da Sua ressurreição. Os detalhes dos relatos das testemunhas oculares apostólicas foram cuidadosa e precisamente preservados pelos Pais da Igreja Ante-Nicena de Inácio, Policarpo e Clemente à Orígenes e Eusébio. A Bíblia que possuímos hoje é um registro confiável dos primeiros documentos escritos sobre Jesus.
J. Warner Wallace é um detetive de casos de homicído arquivados, defensor do Cristianismo, pesquisador sênior do Colson Center for Christian Worldview, professor associado de apologética na Universidade de Biola e autor de Cristianismo Cold-Case , Cena do crime de Deus, e Fé Forense.
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J. Warner Wallace is a Dateline featured cold-case homicide detective, popular national speaker and best-selling author. He continues to consult on cold-case investigations while serving as a Senior Fellow at the Colson Center for Christian Worldview. He is also an Adj. Professor of Christian Apologetics at Talbot School of Theology, Biola University, and a faculty member at Summit Ministries. He holds a BA in Design (from CSULB), an MA in Architecture (from UCLA), and an MA in Theological Studies (from Gateway Seminary).